Microvespas.

Ela estao sendo catalogadas na Ufes ( universidade do ES )e  podem ser alternativa aos a

A pesquisa com os insetos no Espírito Santo ganhou destaque nacional

Em busca de uma maior produtividade para garantir o alimento na mesa dos capixabas, muitos produtores rurais recorrem aos agrotóxicos no combate a pragas. O uso contínuo do veneno, porém, pode não só contaminar o solo como também trazer prejuízo para a saúde de quem consome o alimento ou trabalha na lavoura. Apenas no Espírito Santo, mais de 6 mil pessoas sofreram contaminação por uso de agrotóxicos na última década.
 

Nesse cenário, alternativas ao uso do veneno são bem-vindas e a solução pode sair do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O professor e pesquisador Celso Oliveira Azevedo desenvolve um importante trabalho de catálogo de microvespas parasitoides que podem ser usadas no controle ambiental das pragas. 

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As vespas
Foto: Arquivo Pessoal/Celso Oliveira
Microvespa parasitoide identificada na Ufes. CLIQUE na imagem para ampliar
 
O imaginário comum está predisposto a relacionar esses animais com ferruadas e com tamanho aproximado de 4 cm. As vespas catalogadas pelo pesquisador na Ufes são (muito) menores, chegando a medir menos de um milímetro. "Elas são parasitoides e passam boa parte da vida como parasitas se alimentando do corpo de pequenos insetos. A diferença delas para um parasita, é que esse tipo de vespa mata o hospedeiro e continua a vida fora dele", explica Azevedo.
 
Pequenas, as vespas podem ser encontradas em grande número na natureza e nos mais diversos lugares, inclusive na cidade. "Um aluno na Ufes, que morava em uma cobertura em Jardim da Penha com os pais, passou um mês coletando esses insetos em jarros de plantas na própria residência e conseguiu milhares", conta o professor. Ele garante que as pequenas vespas não são perigosas para os seres humanos.
 
O comportamento é que garante essas pequenas vespas com potencial para substituir o agrotóxico nas lavouras. Celso Oliveira explica que catalogando as vespas e estudando o comportamento delas é possível utilizá-las para que elas se alimentem de determinada praga específica. "Laboratórios ao redor do mundo já estudam e criam as vespas para que elas usem determinadas pragas como hospedeiros e as matem", comenta.
 
Laboratório do professor Celso Oliveira Azevedo é referência mundial na identificação de vespas parasitoides - Crédito: Danilo R Meirelles
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O laboratório
 
A pesquisa do professor da Ufes é referência mundial no catálogo de vespas parasitóides. O laboratório já identificou e registrou mais de 500 novas espécies diferentes pelo mundo, sendo mais de 100 apenas no Estado. "Laboratórios ao redor do mundo nos encaminham material para análise e temos aqui já identificadas espécies de todos os continentes", afirma o professor.
 
O professor explica que o processo de diferenciação é minucioso. "Curiosamente, a gente começa a identificar por meio do órgão reprodutor das vespas. É onde encontramos a maior diferença entre elas. Na natureza elas não conseguem se distinguir apenas no visual e a diferença entre os órgãos reprodutores ajuda com que apenas o macho de uma espécie encontre a fêmea equivalente", explica.
 
Os nomes de batismo das novas vespas descobertas no laboratório seguem regras científicas, mas há espaço para a criatividade. A pesquisa no Estado ganhou destaque nacional no ano passado quando outro pesquisador da Ufesnomeou novas espécies em homenagem ao seriado americano Games of Thrones.
 

Fonte : GAZETA ONLINE
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